14 de abr. de 2013

Política dos Governadores

Fala pessoal!

Vamos nos aprofundar um pouco em um tema discutido em aula: A política dos governadores.

Primeiramente, vamos conhecer um pouco o pai da ideia, o Campineiro Campos Sales


Formado em Direito e nascido em Campinas, cidade fortemente influenciada pelas ideias republicanas, Manuel Ferraz de Campos Sales iniciou sua vida política e militância em 1873 (mais de quinze anos antes da proclamação). Após 1889, participou ativamente do governo paulista e nacional, até que, em 1898 tornou-se presidente da República. Uma curiosidade: A rua que leva seu nome foi batizada assim que sua candidatura saiu, o que mostra a confiança (por que será?) na sua eleição. 

Pois bem, vamos aos fatos: Após a proclamação, o poder no Brasil ficou uma bagunça. Na monarquia, todas as decisões eram do Rei, e os estados (naquela época chamavam-se províncias) somente obedeciam. Agora, sem o Rei centralizando tudo, alguém precisava dizer quem mandava e onde cada um mandava. Assim, Campos Sales organizou a "política dos governadores". Essa política se organizava como um acordo entre o governo federal e os governos estaduais. Conforme este acordo, as famílias mais ricas e importantes dos estados garantiam que o presidente seria eleito entre os indicados por Minas Gerais e São Paulo, um de cada vez, em sequencia. Em troca, o governo permitia a estas famílias o controle total do governo de seus estados e das cidades e não se metia em questões locais.

MAS ESPERA UM POUCO!

Os políticos não eram escolhidos pelo voto? Como alguém poderia garantir que um político fosse votado pela população?

Esta garantia era dada por uma característica muito forte da política daquele período (que provavelmente ainda exista hoje em alguns lugares mais remotos do Brasil), chamada Coronelismo. 

O Coronelismo era a forma como as famílias importantes dominavam o restante da população a muito tempo no país. Como eram donas de quase tudo (terras, comércio, etc), decidiam a vida de todos os habitantes de suas regiões, e o restante da população tinha que aceitar seu  domínio sem contestar. Naquele período, ao contrário de hoje, a maior parte da população vivia no campo, e não em cidades, sob o comando dos poderosos. Muito ricos, controlavam a polícia, a oferta de empregos e até a religião. Se alguém, por algum motivo, não obedecesse, teria de ter uma "conversinha" com os capangas do chefe da família: o chamado Coronel. Resumindo: O Coronel mandava e, quem tinha amor à vida obedecia... Vemos esta figura em muitas novelas de época, lembram? A última foi "Gabriela", da qual a cena abaixo  foi retirada:


Assim, vocês podem imaginar como eram as eleições naquele período. As pessoas votavam em quem o Coronel mandava, senão eram colocadas pra dormir (para sempre). E não importava mais nada. O Coronel mandou, é lei. Era o chamado "Voto de cabresto". Veja a charge abaixo:


Assim sendo, respondam-me

Qual era, de fato, a participação política da população brasileira no período da primeira República?

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